Um dos DJs e produtores mais requisitados do país para remixes apresenta seu álbum no qual mostra que é possível a harmonia entre a música eletrônica e orgânica
Fernando DeepLick é um dos nomes mais lembrados pelas gravadoras e artistas para produzir e remixar sucessos de grandes astros e estrelas da músicas. De suas mãos já saíram hits como “Ai Ai Ai”, de Vanessa da Mata, e “Burguesinha”, de Seu Jorge. Ele já produziu versões eletrônicas para uma lista interminável de artistas e ritmos que vão de Roberto Carlos à Shakira, da MPB ao Pop. Agora, para o seu álbum próprio, decidiu buscar os mesmos resultados em músicas totalmente autorais e parcerias com grandes músicos da cena contemporânea. Nasce, então, o álbum “Eletrônicos.7”, que estará disponível ao público em formato digital a partir do dia 16 de dezembro e já se encontra em pré-venda no iTunes.
Em “Eletrônicos.7”, Deeplick consegue alcançar uma sonoridade que mostra ao público a verdadeira música eletrônica brasileira, que pode estar presente nas pistas de dança, no funk e, até mesmo, no samba. Um álbum produzido por um verdadeiro artista, que envolveu um trabalho de curadoria na escolha das letras eque foi elaborado para ser contemplado.
“Em tudo que eu faço sempre busco respeitar o trabalho dos músicos, em minhas faixas sempre encontramosos elementos eletrônicos e orgânicos se complementando”, conta DeepLick, que também faz parte da “Batida Nacional”, que une a música eletrônica à MPB e à percussão acústica de Lan Lan. “Esse trabalho harmoniza elementos brasileiros a um som mais universal e mostra que letras poéticas e inspiradas também podem ser embaladas pela música eletrônica”, complete o DJ e oprodutor.
“Eletrônicos.7” faixa a faixa
1. Até Aqui – Como todas as músicas do álbum, esta faixa tem um grande significado para DeepLick e representa sua caminhada e sua carreira, tudo que o levaram até o lançamento desse álbum. O vocal é de Thiago Iorc, que também assina a letra em parceria com Duca Leindecker. Thiago e DeepLick já trabalharam muitas vezez juntos, incluindo a faixa “Proibida Pra Mim”, tema da novela “Geração Brasil”, da Rede Globo.
2. Telefone – É a única regravação do álbum, uma faixa que marca o início do rock dos anos 80 no Brasil. Essa música de Júlio Barroso é uma referência para DeepLick e para seus companheiros da “Batida Nacional”, Lan Lan e Alexandre Lima, que emprestam a voz nessa modernização do hit, mas que não perde sua essência. O trio tentou imaginar como a banda Gang 90 lançaria “Telefone” se fosse hoje.
https://www.youtube.com/watch?v=ftDRsS1FZQE&index=2&list=PL-m2zDGii2coHRgJkdlkDygG-EDY6l2M_
3. Because I Do – A música e os vocais são de Blubell, uma das cantoras mais relevantes da nova música contemporânea brasileira. Sua voz inconfundível que consegue trazer uma interpretação bem humorada ao jazz unida à produção de DeepLick resultou em uma faixa bastante interessante com sonoridade retrô e referências dos anos 70 e 80.
4. Luneta Quintal – A faixa nasceu como uma brincadeira de Denilson Miller ao violão, um grande produtor e arranjador mineiro e que deu à música uma alma de clube da esquina. Trazer o Capela para os vocais foi uma mistura bastante interessante, já que fazem música com muita personalidade e poesia, uma coisa que era essencial para o resultado desse álbum.
5. Quem Sambar Sambou – Uma homenagem a São Paulo ao mesmo tempo em que apresenta uma crítica à tudo que acontece no Brasil culturalmente. O vocal é de MC 011, um artista novo, mas que apresenta um hip hop bastante musical, ritmado e filosófico ao mesmo tempo em que traz as referências da periferia. Uma mistura inspirada e homogênea de samba, hip hop e drum´n´bass.
6. Have It All – A faixa traz uma textura eletrônica mais pesada, contudo ritmos brasileiros como o funk e samba vão assumindo sua parte no ritmo no decorrer da música. No vocal, uma inglesa de raízes brasileiras e apaixonada pelo país, é filha mãe brasileira e que ainda vive na Bahia, Jesse Monroe.
7. Los Pueblos del Mundo – Além de uma união bastante feliz da música eletrônica com a orgânica, é também uma união de Brasil com Cuba. Yanel Matos, que assume os vocais, é um grande artista cubano e amigo de muitos anos de DeepLick. A faixa traz uma mensagem de união e conscientização em relação aos países menos desenvolvidos. Mostra que a latinidade do álbum não se limita ao Brasil.
8. All You Need – A música é resultado de um encontro de DeepLick com todos os seus melhores amigos em busca de um som pouco eletrônico e mais visceral, com muitos instrumentos como as músicas eram feitas nos anos 70 e 80. Os vocais são de Alex-Ci, também um artista parceiro de muitas produções.
9. Awakening – É um pop bem eletrônico, contudo traz uma percussão baiana bem forte e vocais da cantora Millah. A letra defende a ideia de que as coisas simples da vida são as mais importantes, sugere a valorização das pessoas que estão a nossa volta neste momento. Uma faixa animada, com alma de festival e que convida as pessoas a cantarem junto com as mãos pra cima e sentindo a vibração.
10. Bem Melhor–Essa faixa traz um pouco da atmosfera de trabalhos que DeepLick já fez com Vanessa da Mata. Mas, aqui, o vocal é de Francine Missaka, uma decendente de japoneses mas com um tempero bem brasileiro. A letra em português funciona como um complemento à mensagem de “Awakening”, e nos convida a valorizar experiências pelas quais passamos.
11. Algorítmico – A alma da faixa nasceu de vários experimentos que DeepLick fez com Carlinhos Brown em estúdio. O próprio Brown assume os vocais acompanhado por synths alucionados misturados com baião, capoeira e hip hop. Uma música cheia de ritmos e vocalizações processadas sinteticamente como beatbox e vocoder.
12. Rio – Uma bela homenagem ao Rio de Janeiro, cidade que também foi responsável pela viabilização desse trabalho. Um lugar de muita inspiração com a ajuda de grandes amigos de DeepLick que vivem por lá. Também carioca, Marcelo Mira é quem empresta sua voz para a letra inspiradíssima que escreveu em parceria com Gabriel Moura, outro grande letrista carioca. Moura, também é autor de “Mina do Condomínio”, de Seu Jorge, música da qual DeepLick também assinou o remix.
13. Buloji – Bukassa canta esse música no dialeto chiluba, do Congo, onde nasceu sua família. O cantor tinha a ideia de conseguir gravar uma música nesse dialeto e quando ouviu a base em que DeepLick estava trabalhando percebeu que o sonoridade das palavras se encaixavam perfeitamente, como se tivem trabalhados juntos na mesma música sem saber. A letra, mesmo em uma língua diferente, segue o conceito de todo o álbum e diz que devemos ser felizes, abrir nosso coração e viver o dia de hoje.
14. Back to the Universe – A faixa traz nos vocais Samille Joker, uma grande parceira de composição de DeepLick e que não poderia ficar de fora desse trabalho. Juntos já fizeram grandes sucessos, como o projeto “Ain´t No Joke” e a música “Fly” que Wanessa canta com Ja Rule. Para esse album, o resultado foi uma música que eleva o astral e nos faz pensar.
15. Evolucion – Outro grande encontro de grandes amigos, com a participação dos cubanos Yaniel Matos e Jorge Ceruto ao lato de estrelas da música eletrônica, DJ Patife e Rick Dub. Patife traz suas famosas batidas fortes de drum´n´bass para um ragga (um raggae mais digital) que, mais uma vez, traz uma letra que busca a conscientização e uma mente mais aberta.