Aparelhos ortodônticos invisíveis substituem os ‘sorrisos metálicos’

Segundo o ortodontista Dr. Alberto dos Reis Condé Junior, adultos são os que mais procuram por esta opção

Hoje, estima-se que 40% a 50% dos pacientes que usam aparelho ortodôntico são adultos. Segundo uma pesquisa da Associação Paulista de Ortodontia, houve um aumento de 40% na última década, e os fatores que impulsionaram este crescimento são a preocupação com a estética e o acesso mais fácil aos tratamentos. Para o ortodontista Dr. Alberto dos Reis Condé Junior, outro fator importante foi o surgimento dos aparelhos ortodônticos invisíveis.

“É normal que as pessoas relacionem o uso do aparelho com o sorriso metálico. No entanto, com a evolução da ortodontia, hoje há opções de tratamentos que mostram o sorriso, mas escondem o aparelho ortodôntico. Dois exemplos são: o aparelho ortodôntico lingual, que fica na parte interna dos dentes, e os Alinhadores Invisíveis removíveis, que são placas transparentes com alta tecnologia”, afirma o cirurgião-dentista Dr. Alberto dos Reis Condé Júnior (CROGO6411), especialista em Ortodontia pela USP.

Enquanto o aparelho lingual é colado na superfície do dente voltada para a língua, evitando o volume entre lábios e dente, o Alinhador Invisível Removível é uma placa discreta que pode ser retirada para as refeições e permite escovar os dentes e usar o fio dental normalmente. “Feito sob medida e com uma tecnologia moderna, este aparelho reposiciona os dentes gradativamente, sem incômodos, por não utilizar fios nem bráquetes. Porém, para um resultado dentro do melhor possível, é fundamental que o paciente se comprometa a usá-lo o tempo todo, por 20 a 22 horas/dia, podendo retirá-lo para as refeições ou quando precisar ir a algum evento como um churrasco, por exemplo”, reforça o ortodontista.

A confecção dos aparelhos, no caso do Alinhador Invisível Removível é diferenciada. Segundo Dr. Alberto dos Reis Condé Júnior, após o atendimento no consultório, a moldagem é enviada aos Estados Unidos onde é digitalizada por meio de um processo chamado Esteriolitografia, que utiliza a Tomografia Computadorizada da moldagem. Em seguida, é feito um modelo digital tridimensional dos dentes que será apresentado ao paciente na próxima consulta.

“E, por meio de um software ClinCheck® CAD (Desenho Assistido por Computador), o movimento dos dentes durante do tratamento é simulado para que paciente e profissional possa modificar selecionar detalhes do planejamento do tratamento antes de produzir os alinhadores. Individualizados e sob medida, os aparelhos são confeccionados para serem usados por duas semanas. Após esse período, um novo aparelho já está pronto pra continuar o movimento do alinhador anterior e assim, sucessivamente”, explica o ortodontista.