Seleções que já brilharam no passado e hoje vivem no esquecimento
Por motivos políticos, econômicos ou por quedas técnicas, muitos nomes tradicionais do futebol mundial deixaram de figurar entre os grandes.
A seguir, uma viagem no tempo pelos times que sumiram da Copa do Mundo — e que, em algum momento, já fizeram parte da elite do futebol global.
HUNGRIA – O FANTASMA DO FUTEBOL ARTE
Nos anos 1950, a Hungria era o que o Brasil seria depois: sinônimo de futebol bonito. A geração de Ferenc Puskás, o “Major Galopante”, encantou o mundo com seu estilo ofensivo e moderno. Em 1954, chegou à final e perdeu para a Alemanha Ocidental em um jogo histórico, o “Milagre de Berna”.
Mas a glória ficou no passado. Após a invasão soviética e anos de crise, o futebol húngaro entrou em colapso. A última participação em Copas foi em 1986, e desde então, a seleção não voltou a brilhar.
SUÉCIA – DO TERCEIRO LUGAR AO ESQUECIMENTO
A Suécia é uma velha conhecida dos mundiais. Foi finalista em 1958, sediando o torneio e revelando craques como Kurt Hamrin e Gunnar Gren. Décadas depois, com Brolin e Larsson, chegou ao terceiro lugar em 1994, nos Estados Unidos.
Porém, o futebol sueco perdeu espaço no cenário europeu. Após a aposentadoria de Zlatan Ibrahimović, o país viveu um hiato de grandes talentos. Embora ainda participe de eliminatórias, a Suécia ficou fora da Copa de 2022 — e a ausência levantou dúvidas sobre o futuro da equipe escandinava.
PARAGUAI – A FORÇA SUL-AMERICANA QUE DESAPARECEU
Nos anos 1990 e 2000, o Paraguai era presença constante nas Copas. Teve nomes como Chilavert, Cardozo e Santa Cruz, e chegou às quartas de final em 2010, perdendo para a campeã Espanha.
Mas, desde então, a seleção paraguaia caiu de rendimento e ficou fora de 2014, 2018 e 2022. Problemas na base, falta de renovação e a perda do estilo aguerrido que marcava a equipe contribuíram para o sumiço do país nos Mundiais.
BULGÁRIA – DE HERÓI A COADJUVANTE
Em 1994, o mundo conheceu Hristo Stoichkov, craque búlgaro que levou sua seleção até as semifinais da Copa dos EUA, eliminando Alemanha e Argentina. Era o auge do futebol búlgaro.
Depois disso, o país mergulhou em uma crise sem fim. As gerações seguintes não conseguiram repetir o feito, e a Bulgária não participa de uma Copa desde 1998. Hoje, é apenas figurante nas eliminatórias europeias.
ROMÊNIA – O ENCANTO DE HAGI E O LONGO JEJUM
Nos anos 1990, a Romênia encantava com Gheorghe Hagi, o “Maradona dos Cárpatos”. O time jogava bonito, avançou às quartas em 1994 e foi sensação no torneio.
Mas, após o fim dessa geração dourada, o país perdeu força. A última aparição em Copas foi em 1998, e desde então, a seleção vive de lembranças — sem conseguir formar novos ídolos.
OUTROS NOMES ESQUECIDOS
- Algumas seleções menores também sumiram dos holofotes:
- Escócia, que participou de 8 Copas seguidas (1974–1998), mas depois desapareceu por 20 anos.
- Áustria, que já foi semifinalista em 1954 e hoje luta para se classificar.
- Iraque e Kuwait, que tiveram participações isoladas e nunca mais voltaram.
- Tchecoslováquia, finalista em 1934 e 1962, desapareceu com a divisão do país.
O NOVO MUNDO DO FUTEBOL
O desaparecimento dessas seleções mostra como o futebol mudou. Países emergentes como Marrocos, Japão, Coreia do Sul e Senegal passaram a ocupar o espaço deixado pelos antigos gigantes.
Enquanto isso, muitos dos “desaparecidos” tentam se reerguer com novos projetos, modernização dos clubes e investimento na base.
A verdade é que, na Copa do Mundo, tradição não garante vaga. Só o trabalho constante e a renovação mantêm uma camisa viva no cenário global.

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