domingo, 26 de outubro de 2025

OS DESAPARECIDOS DAS COPAS

Seleções que já brilharam no passado e hoje vivem no esquecimento


A Copa do Mundo é o palco dos sonhos, onde lendas são criadas e países inteiros param diante da televisão. Mas, ao longo da história, algumas seleções que já viveram momentos de glória simplesmente desapareceram do torneio. 

Por motivos políticos, econômicos ou por quedas técnicas, muitos nomes tradicionais do futebol mundial deixaram de figurar entre os grandes.


A seguir, uma viagem no tempo pelos times que sumiram da Copa do Mundo — e que, em algum momento, já fizeram parte da elite do futebol global.

HUNGRIA – O FANTASMA DO FUTEBOL ARTE

Nos anos 1950, a Hungria era o que o Brasil seria depois: sinônimo de futebol bonito. A geração de Ferenc Puskás, o “Major Galopante”, encantou o mundo com seu estilo ofensivo e moderno. Em 1954, chegou à final e perdeu para a Alemanha Ocidental em um jogo histórico, o “Milagre de Berna”.
Mas a glória ficou no passado. Após a invasão soviética e anos de crise, o futebol húngaro entrou em colapso. A última participação em Copas foi em 1986, e desde então, a seleção não voltou a brilhar.

SUÉCIA – DO TERCEIRO LUGAR AO ESQUECIMENTO

A Suécia é uma velha conhecida dos mundiais. Foi finalista em 1958, sediando o torneio e revelando craques como Kurt Hamrin e Gunnar Gren. Décadas depois, com Brolin e Larsson, chegou ao terceiro lugar em 1994, nos Estados Unidos.
Porém, o futebol sueco perdeu espaço no cenário europeu. Após a aposentadoria de Zlatan Ibrahimović, o país viveu um hiato de grandes talentos. Embora ainda participe de eliminatórias, a Suécia ficou fora da Copa de 2022 — e a ausência levantou dúvidas sobre o futuro da equipe escandinava.

PARAGUAI – A FORÇA SUL-AMERICANA QUE DESAPARECEU

Nos anos 1990 e 2000, o Paraguai era presença constante nas Copas. Teve nomes como Chilavert, Cardozo e Santa Cruz, e chegou às quartas de final em 2010, perdendo para a campeã Espanha.
Mas, desde então, a seleção paraguaia caiu de rendimento e ficou fora de 2014, 2018 e 2022. Problemas na base, falta de renovação e a perda do estilo aguerrido que marcava a equipe contribuíram para o sumiço do país nos Mundiais.

BULGÁRIA – DE HERÓI A COADJUVANTE

Em 1994, o mundo conheceu Hristo Stoichkov, craque búlgaro que levou sua seleção até as semifinais da Copa dos EUA, eliminando Alemanha e Argentina. Era o auge do futebol búlgaro.
Depois disso, o país mergulhou em uma crise sem fim. As gerações seguintes não conseguiram repetir o feito, e a Bulgária não participa de uma Copa desde 1998. Hoje, é apenas figurante nas eliminatórias europeias.

ROMÊNIA – O ENCANTO DE HAGI E O LONGO JEJUM

Nos anos 1990, a Romênia encantava com Gheorghe Hagi, o “Maradona dos Cárpatos”. O time jogava bonito, avançou às quartas em 1994 e foi sensação no torneio.
Mas, após o fim dessa geração dourada, o país perdeu força. A última aparição em Copas foi em 1998, e desde então, a seleção vive de lembranças — sem conseguir formar novos ídolos.

OUTROS NOMES ESQUECIDOS

  • Algumas seleções menores também sumiram dos holofotes:

  • Escócia, que participou de 8 Copas seguidas (1974–1998), mas depois desapareceu por 20 anos.

  • Áustria, que já foi semifinalista em 1954 e hoje luta para se classificar.

  • Iraque e Kuwait, que tiveram participações isoladas e nunca mais voltaram.

  • Tchecoslováquia, finalista em 1934 e 1962, desapareceu com a divisão do país.

O NOVO MUNDO DO FUTEBOL

O desaparecimento dessas seleções mostra como o futebol mudou. Países emergentes como Marrocos, Japão, Coreia do Sul e Senegal passaram a ocupar o espaço deixado pelos antigos gigantes.

Enquanto isso, muitos dos “desaparecidos” tentam se reerguer com novos projetos, modernização dos clubes e investimento na base.

A verdade é que, na Copa do Mundo, tradição não garante vaga. Só o trabalho constante e a renovação mantêm uma camisa viva no cenário global.

Nenhum comentário:

Postar um comentário