segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lufthansa confirma resultado operacional previsto para 2014 – Lucro de um bilhão de euros, apesar de greves



•    Grupo registra lucro operacional de 849 milhões de euros nos primeiros três trimestres e confirma previsão do resultado de 2014 no valor de um bilhão de euros
•    Progressos significativos na redução de custos
•    Empresas prestadoras de serviços apresentam resultados encorajadores
•    Estruturas de vendas e distribuição das empresas aéreas do grupo deverão ser harmonizadas
•    Desaceleração econômica afeta previsão de lucro para 2015: o resultado de 2015 deverá ficar nitidamente acima do lucro de 2014

O Grupo Lufthansa mantém a meta de lucro para 2014, apesar das dificuldades do terceiro trimestre e dos prejuízos no valor de 170 milhões de euros decorrentes de greves. O grupo pretende obter lucro operacional de um bilhão de euros no exercício de 2014. A previsão não inclui prejuízos decorrentes de eventuais outras greves até o final do ano. A previsão tem por base o bom resultado do final do terceiro trimestre – o grupo obteve lucro operacional de 849 milhões de euros no período de janeiro a setembro, 186 milhões de euros a mais do que no mesmo período do ano anterior. Ajustado pelos custos de reestruturação e projetos, isto corresponde a um lucro de aproximadamente um bilhão de euros nos primeiros nove meses do ano. No terceiro trimestre, o lucro foi de 735 milhões de euros, um aumento de 145 milhões de euros em relação ao terceiro trimestre de 2013.

 “A fim de assegurarmos nossa competitividade no longo prazo, estamos nos empenhando inteiramente na implementação do nosso programa de trabalho com sete campos de atuação, onde qualidade, inovação e eficiência são os principais focos”, disse Carsten Spohr, presidente da Deutsche Lufthansa AG. “Investimos massivamente em qualidade e serviços para os nossos clientes e desenvolvemos novos grupos de clientes e possibilidades de crescimento com novas estruturas e modelos de negócios inovadores. Além disso, continuamos desenvolvendo as áreas de negócios existentes, aumentando continuamente sua eficiência. Estou muito confiante quanto ao sucesso dessa estratégia, pois a Lufthansa tem provado ao longo dos anos que a empresa reage com flexibilidade às mudanças dinâmicas dos mercados e sempre sai fortalecida dos desafios enfrentados.”

O programa de trabalho apresentado pelo chefe do grupo em meados de julho prevê que os faturamentos das empresas prestadoras de serviços e dos novos modelos de negócios deverão aumentar em até 40%. Para tanto deverá contribuir, entre outros, o conceito de plataformas múltiplas “WINGS”, no qual os serviços ponto-a-ponto das empresas aéreas de passageiros deverão ser harmonizados e novas oportunidades de crescimento desenvolvidas.

Dentro do grupo de empresas aéreas Lufthansa com as marcas de qualidade Lufthansa, SWISS, Austrian Airlines e Brussels Airlines, as estruturas de vendas deverão ser harmonizadas, e a responsabilidade pelos clientes corporativos globais, centralizada. Ao mesmo tempo, as estruturas tarifárias e classes de preços das empresas aéreas nas rotas de curta e média distância deverão ser ajustadas entre si. Dessa forma, o Grupo Lufthansa poderá fazer melhores ofertas de vendas aos seus clientes, incluindo os serviços aéreos de todas as empresas aéreas, o que reduzirá os custos internos de coordenação. Além disso, uma estratégia conjunta e abrangente deverá fortalecer a posição do grupo de empresas aéreas perante a concorrência. Os passageiros perceberão as primeiras vantagens já no próximo ano por meio da combinação sensivelmente melhorada de ofertas das empresas aéreas.

Evolução dos negócios
As empresas de prestação de serviços e a Lufthansa Cargo obtiveram bons resultados nos primeiros três trimestres do ano em curso. Quatro das cinco áreas de negócios registraram lucro maior em relação ao ano anterior.

O resultado dos primeiros nove meses dos negócios de passageiros foi prejudicado principalmente pelos custos e perdas de rendimentos decorrentes das greves de pilotos. “É do interesse de todos os funcionários, clientes e acionistas que encontremos soluções que garantam a viabilidade sustentável da nossa empresa nas próximas décadas. Também não podemos ignorar este assunto nas discussões salariais em curso”, comentou Carsten Spohr.

Além dos prejuízos decorrentes das greves, o resultado dos negócios de passageiros nos primeiros nove meses do ano também foi afetado pela forte pressão da concorrência e concomitante redução das receitas médias das empresas aéreas. Apesar disso, as receitas de tráfego no terceiro trimestre voltaram a aumentar graças à forte demanda e à gestão de espaço flexível e orientada pela demanda. O aproveitamento de espaço nas empresas aéreas de passageiros bateu novo recorde no trimestre. Os menores custos de reestruturação e a amortização de aviões também beneficiaram o resultado em relação ao ano anterior.

Apesar dos 2,2% de voos a menos, o Grupo Lufthansa conseguiu manter praticamente estável o faturamento, que chegou a 22,6 bilhões de euros. O resultado do grupo nos primeiros nove meses do ano ficou em 482 milhões de euros, 235 milhões de euros a mais do que no ano anterior.

“Em meio às dificuldades do mercado e concorrência acirrada, chegamos ao final do terceiro trimestre com um resultado sólido, de forma que podemos confirmar nossa previsão para o exercício em curso”, diz Simone Menne, diretora financeira e de serviços de aviação da Deutsche Lufthansa AG. “Mas a previsível desaceleração econômica e a redução das receitas médias nos negócios de passageiro deverão redimensionar nossos parâmetros no próximo ano. Por isso, tivemos que ajustar nossa previsão para 2015, apesar de contarmos com um resultado nitidamente maior que o deste ano. A médio prazo, deveremos conseguir melhorar nosso resultado operacional, apesar das enormes somas que teremos que investir. Essa necessidade e o endividamento em alta representam indicadores nítidos de que teremos que nos redirecionar com as mudanças estruturais que estamos iniciando agora.”

Por isso, as empresas aéreas do Grupo Lufthansa estão fazendo frente à pressão sobre as receitas médias reduzindo o crescimento de capacidade planejado em quilômetros-assento para 2015 de 5% para 3%.

As áreas de negócios em resumo
Na área de negócios de transporte de passageiros, o grupo obteve lucro de 473 milhões de euros (-41 milhões de euros) de janeiro a setembro. A Lufthansa Passage contribuiu com 260 milhões de euros (-56 milhões de euros), resultado também devido ao lucrativo tráfego da empresa dentro da Europa. A Germanwings, que deverá assumir o último serviço ponto-a-ponto europeu em 8 de janeiro na rota Dusseldorf-Zurique, também continua contando com lucro operacional em 2015. O recuo das receitas médias e o prejuízo decorrente das greves de pilotos deram origem ao lucro menor em relação ao ano anterior. A fim de fortalecer a lucratividade, a modernização da frota prevê que o número de aeronaves do Grupo Lufthansa se mantenha estável também em 2015. A SWISS obteve 217 milhões de euros de lucro (+35 milhões de euros). O resultado operacional da Austrian Airlines foi de menos sete milhões de euros (-26 milhões de euros). O recuo em relação ao ano anterior também está relacionado aos custos decorrentes do novo acordo coletivo previsto para aeronautas e aeroviários, cuja perspectiva, porém, é de efeito positivo para a empresa. A mudança no método de amortização beneficiou todas as empresas aéreas do grupo, contribuindo com um total de 260 milhões de euros para o resultado dos primeiros nove meses.

A Lufthansa Technik obteve um lucro alto de 335 milhões de euros (+3 milhões de euros), a LSG-SkyChefs lucro de 66 milhões de euros (+3 milhões de euros) e a Lufthansa Systems lucro de 21 milhões de euros (+4 milhões de euros). Na área de negócios Logística, o lucro operacional aumentou seis milhões de euros, para 51 milhões de euros, beneficiado também pelos efeitos sobre o resultado do ano anterior.

Os primeiros nove meses em números
O faturamento do grupo nos primeiros nove meses foi de 22,6 bilhões de euros, 0,6% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Os rendimentos empresariais do grupo diminuíram 0,6%, para 24,2 bilhões de euros. Paralelamente, porém, foi possível reduzir desproporcionalmente os custos empresariais de janeiro a setembro em 1,9%, recuando para 23,3 bilhões de euros. Os custos de combustível diminuíram 269 milhões de euros, ou seja, 4,9%, para 5,2 bilhões de euros. O valor inclui o resultado do programa de proteção de preços de menos 53 milhões de euros. As taxas ficaram 1,4% acima do valor do ano anterior.

Nos primeiros nove meses de 2014, o Grupo Lufthansa obteve um resultado operacional no valor de 849 milhões de euros. O resultado do grupo foi de 482 milhões de euros, um aumento de 235 milhões de euros. O resultado por ação aumentou para 1,05 euro (ano anterior: 0,54 euro) nos primeiros nove meses.

No período analisado, o Grupo Lufthansa aumentou os investimentos em modernização e manutenção da frota para 1,9 bilhão de euros. Ao todo, o grupo investiu 2,2 bilhões de euros, 339 milhões de euros a mais do que no mesmo período do ano anterior. O fluxo de caixa operacional foi de 2,1 bilhões de euros, o fluxo de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos) de 229 milhões de euros. No final do terceiro trimestre de 2014, o grupo registrou um aumento de 567 milhões de euros no endividamento de crédito líquido, de 2,3 bilhões de euros, em comparação ao exercício de 2013. A quota de capital próprio foi de 15,2%, 5,8 pontos percentuais a menos do que no fechamento do exercício de 2013.

O relatório intermediário dos primeiros nove meses de 2014 foi publicado em 30 de outubro de 2014 sob www.lufthansagroup.com/investor-relations.

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