quarta-feira, 23 de julho de 2014

Empresas de ground handling estão envolvidas em 70% das operações da aviação comercial no Brasil

Os dados fazem parte do 1.° Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, lançado ontem (22/7) pela Abesata
Sete em cada dez pousos ou decolagens realizadas nos aeroportos brasileiros contam com a interferência de uma empresa de ground handling. Ou seja, as chamadas Esatas (Empresas de  Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo) estão presentes em 70% das operações da aviação comercial, seja na realização de serviços operacionais (abastecimento de água, catering, carregamento de bagagem etc), serviços de proteção, serviços de emergência  e serviços comerciais.  Os dados fazem parte do levantamento inédito realizado pela Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliadores de Transporte Aéreo) para compor o 1.° Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos.
Ao todo existem hoje 211 empresas de ground handling no Brasil, sendo que a maior parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas Gerais, com 45, Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas do setor. A maioria se concentra na prestação de serviços operacionais para as companhias aéreas, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de embarque de passageiros (38), entre outros.
O setor de ground handling movimentou no ano passado só com os serviços operacionais R$ 1,91 bilhão, os serviços de proteção geraram uma receita de R$ 650 milhões, os comerciais, R$ 470 milhões e os de emergência, R$ 90 milhões.
“A proposta do anuário é dar visibilidade a um setor que é tão importante para a aviação, gera tantos empregos e ainda é tão pouco conhecido”, disse Ricardo Miguel, presidente da Abesata. A entidade foi fundada em outubro do ano passado e reúne algumas das principais empresas do setor. Juntas, as associadas detêm 85% do mercado de ground handling.
Segundo Miguel, o estudo elaborado para a produção do Anuário revelou ainda que o setor investiu um montante de R$ 82 milhões em máquinas e equipamentos de apoio no solo em 2013. Para que as ESATAs possam crescer alguns fatores primordiais, na visão do presidente da Abesata, são: aumento do número de operações, aumento do número de passageiros, aumento da terceirização dos serviços especializados por parte das companhias aéreas e dos operadores aeroportuários, expansão geográfica para novos mercados e desenvolvimento de novos serviços.
O  1.° Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos traz ainda a relação das 211 empresas do setor de ground handling, com os aeroportos em que cada uma opera, e ainda um amplo descritivo do portfólio de serviços oferecidos pelas chamadas Esatas. A publicação também apresenta um levantamento detalhado dos principais aeroportos brasileiros em termos de movimentação, tanto da aviação comercial quanto da aviação geral.  Os interessados em conhecer o anuário podem entrar em contato direto com a Abesata através do telefone (11) 3662 0550.

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