quinta-feira, 12 de junho de 2014

Bullying impulsiona aumento de cirurgia plástica em crianças

"Orelha de abano" figura entre os dez procedimentos mais realizados no país, com uma média de 2,5 mil cirurgias por mês; a otoplastia pode ser feita a partir dos 6 anos com anestesia local e pequena incisão de 3 a 4 centímetros na parte posterior da orelha
A cirurgia plástica para correção de orelhas de abano, conhecida como otoplastia, tem sido realizada cada vez mais cedo entre o público infantil. Procurada anteriormente apenas por adolescentes, hoje a otoplastia é um dos dez procedimentos mais realizados no país, com uma média de 2,5 mil cirurgias por mês.
A cirurgia é uma maneira que os pais encontram para evitar o bullying sofrido pelos filhos, especialmente no ambiente escolar. É um impacto emocional que pode prejudicar o desempenho escolar e comprometer a convivência social, fazendo a criança se retrair e evitar exposições públicas.
“Sem dúvida é uma excelente maneira de devolver a autoestima às crianças que passam a sofrer bullyingpor conta dessa condição”, explica o Dr. Fernando de Almeida Prado, Presidente da SBCP-SP – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional São Paulo.
O procedimento é considerado um dos mais simples e pode ser conduzido com anestesia local. Bastam alguns minutos para corrigir o problema. A incisão é pequena, de três ou quatro centímetros, que deixará uma pequena e discreta cicatriz escondida atrás das orelhas.
            “Alguns trabalhos científicos mostram que na fase do nascimento a orelha é moldável, lógico que com limites. Mas essa é uma questão genética e quem tem tendência invariavelmente terá uma orelha em abano. Neste caso a correção por meio da plástica é a melhor alternativa”, salienta Dr. Fernando.
Segurança
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo ressalta sempre que é importante o paciente optar por um profissional credenciado pela Sociedade para realizar uma cirurgia e, se possível, até conseguir uma indicação de amigos ou parentes. “É imprescindível que o paciente pesquise antes de escolher um especialista, para poder ter certeza da idoneidade e competência do médico, desenvolvendo uma relação de confiança com este. A primeira consulta deve ser feita pelo médico que realizará o procedimento, sendo inadmissível a indicação do que será operado por um profissional não médico”, alerta Dr. Fernando.

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