"Orelha de abano" figura entre os dez procedimentos mais realizados no país, com uma média de 2,5 mil cirurgias por mês; a otoplastia pode ser feita a partir dos 6 anos com anestesia local e pequena incisão de 3 a 4 centímetros na parte posterior da orelha
A cirurgia plástica para correção de orelhas de abano, conhecida como otoplastia, tem sido realizada cada vez mais cedo entre o público infantil. Procurada anteriormente apenas por adolescentes, hoje a otoplastia é um dos dez procedimentos mais realizados no país, com uma média de 2,5 mil cirurgias por mês.
A cirurgia é uma maneira que os pais encontram para evitar o bullying sofrido pelos filhos, especialmente no ambiente escolar. É um impacto emocional que pode prejudicar o desempenho escolar e comprometer a convivência social, fazendo a criança se retrair e evitar exposições públicas.
“Sem dúvida é uma excelente maneira de devolver a autoestima às crianças que passam a sofrer bullyingpor conta dessa condição”, explica o Dr. Fernando de Almeida Prado, Presidente da SBCP-SP – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional São Paulo.
O procedimento é considerado um dos mais simples e pode ser conduzido com anestesia local. Bastam alguns minutos para corrigir o problema. A incisão é pequena, de três ou quatro centímetros, que deixará uma pequena e discreta cicatriz escondida atrás das orelhas.
“Alguns trabalhos científicos mostram que na fase do nascimento a orelha é moldável, lógico que com limites. Mas essa é uma questão genética e quem tem tendência invariavelmente terá uma orelha em abano. Neste caso a correção por meio da plástica é a melhor alternativa”, salienta Dr. Fernando.
Segurança
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo ressalta sempre que é importante o paciente optar por um profissional credenciado pela Sociedade para realizar uma cirurgia e, se possível, até conseguir uma indicação de amigos ou parentes. “É imprescindível que o paciente pesquise antes de escolher um especialista, para poder ter certeza da idoneidade e competência do médico, desenvolvendo uma relação de confiança com este. A primeira consulta deve ser feita pelo médico que realizará o procedimento, sendo inadmissível a indicação do que será operado por um profissional não médico”, alerta Dr. Fernando.
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