Por Caroline Gargantini
O
termo crise, independentemente do contexto em que é empregado, tem
sempre uma conotação negativa e consequências para quem a vivencia.
Podemos
conceiturar a crise como um acontecimento inesperado que ameaça a
notoriedade e/ou a reputação de uma organização, sua lucratividade, o
futuro do negócio e logicamente seus colaboradores, produtos e serviços.
Os mais importantes e principais fatores que acarretam riscos e esses riscos podem se tornar crises são:
Fatores externos – são as ações da concorrência, cenário político, conflitos sociais, preços de insumos elevados ou a falta deles.
Fatores internos
- são eventos originados dentro da empresa, seus processos, o quadro de
funcionários, tecnologia e a sua engenharia de cardápios.
A
prevenção deve ser uma constante em todo ramo de negócio e não é
diferente no segmento de restaurantes. Primeiro deve-se identificar e
classificar os riscos que podem gerar uma crise e, consequentemente
afetar os objetivos estratégicos da organização.
Depois
de definidos os objetivos estratégicos da empresa, é preciso traçar
planos e metas com ações específicas sob o olhar econômico- financeiro.
Avaliar, mensurar e monitorar constantemente esses riscos.
Qualquer
evento imprevisto deve ser pensado de forma a não contradizer os
objetivos estratégicos da empresa, e implantado de modo a resguardar a
reputação e a saúde financeira da organização.
Estratégias para o gerenciamento de crise
Instalada a crise, algumas estratégias são importantes para o seu gerenciamento e a reversão do quadro crônico.
O
primeiro passo é identificar a origem da crise, se foi desencadeada por
fatores externos ou internos. Se for externa, as ações são limitadas, a
não ser o seu monitoramento. Mas se foi provocada por fatores internos,
algumas estratégias são imprescindíveis para a correção:
v o gestor de restaurante pode utilizar toda a sua criatividade e reinventar alguns pratos do cardápio;
v desenvolver novos fornecedores e estabelecer parcerias com os já consolidados;
v utilizar técnicas para reuso da água, dentre outras possibilidades;
v Os
colaboradores são o coração de toda empresa. Deles depende toda a
produção de bens, alimentos e tudo o que a organização fabricar. Os
recursos humanos são o bem mais valioso da organização, e como tal,
precisam ser bem tratados e motivados. O primeiro passo é a alta direção
comunicar os fatos e direcioná-los as novas estratégias. A comunicação é
fundamental para que todos tomem ciência dos rumos da empresa, possam
ser atores do processo de transformação e se sintam encorajados e dentro
do processo de mudança;
v avaliar
e reter talentos, além de criar, analisar e tomar decisões sob
indicadores de desempenho, presentes em todas as áreas e processos da
organização também integram as estratégias do gestor no campo dos
recursos humanos.
v Inovação
e tecnologia. Pode parecer contrasenso, mas investir em inovação e
tecnologia, mesmo durante uma crise, pode fazer toda a diferença. As
novas tecnologias podem contribuir para a produtividade, qualidade e a
padronização dos produtos oferecidos. Também tendem a reduzir custos.
Porém é preciso que os gestores de restaurantes enxerguem os benefícios
que as inovações tecnológicas podem trazer ao seu negócio, por isso é
importante a busca de informação e investir neste quesito.
Demandas e expectativas do cliente
A história da economia mostra-nos que crises são cíclicas. A
fim de minimizaa queda nos resultados e, pelo menos mantê-la num
patamar administrável, outra estratégia positiva para gerir um negócio é
ouvir o cliente, suas demandas e expectativas, estar sempre atento as
mudanças do mercado e as novas perspectivas.
O
setor de restaurantes é extremamente competitivo, os insumos aplicados
na produção de alimentação sofrem ao longo do ano oscilações climáticas e
de mercado, que impactam diretamente nos custos. Neste contexto, as
empresas precisam rever sua engenharia de cardápio, buscando insumos
mais baratos e sazonais, além de elaborar uma apresentação criativa e
que chame a atenção dos seus clientes. O primeiro sentido a ser
despertado é a visão, logo, a apresentação precisa ser impecável, mesmo
que a matéria-prima da iguaria não seja tão nobre.
Caroline Gargantini é consultora para empresas de alimentação.
Graduada
em Nutrição pela Universidade São Judas Tadeu/SP e com MBA’s em Gestão
Empresarial e Marketing pela Universidade Paulista – UNIP. Pós-graduada
em Gestão da Qualidade e Controle higiênico-sanitário pelo Instituto
Racine. Também realizou cursos de Marketing e Gestão de Pessoas na
Fundação Getúlio Vargas – FGV.
Sócia-diretora
da Conceito e Equilíbrio onde atua com Marketing Experimental e na
abertura e reestruturação de negócios na área de alimentação e
otimização dos resultados ocupacionais. Também atua na área comercial e
coordena projetos.
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