As vagas provisórias são uma oportunidade para profissionais que sonham com o trabalho fixo - e um momento especial para tornar o turismo brasileiro mais competitivo
O Ministério do Turismo projeta que 200 mil vagas temporárias de trabalho sejam abertas para atender à demanda extra criada pela Copa do Mundo. Muitas delas, no entanto, podem se tornar efetivas com o fim da Copa – e este é o sonho de boa parte daqueles que desempenham funções com data para acabar.
O Ministério do Turismo projeta que 200 mil vagas temporárias de trabalho sejam abertas para atender à demanda extra criada pela Copa do Mundo. Muitas delas, no entanto, podem se tornar efetivas com o fim da Copa – e este é o sonho de boa parte daqueles que desempenham funções com data para acabar.
Entre as atividades mais demandadas estão as de guias de turismo, garçons, camareiras e recepcionista em meios de hospedagem. Boa parte das vagas ainda estarão disponíveis apenas em meados de junho, com a proximidade da Copa do Mundo, mas algumas já começam a surgir em atividades ligadas ao turismo.
Aos 21 anos e com diploma do segundo grau em punho, a mineira Jordânia Salesela ocupa uma vaga temporária no Centro de Atendimento do Turista (CAT) de Mariana, cidade histórica localizada a 112 quilômetros de Belo Horizonte.
O emprego de Jordânia é uma oportunidade surgida com a Copa do Mundo. Ela conseguiu o posto após concluir o curso de inglês do Pronatec Turismo, no começo deste ano, no Senac/MG. Hoje, o trabalho temporário somado à recente qualificação a faz sonhar com o curso superior, mais especificamente com a faculdade de Letras. “Assim que concluí o curso de idiomas fui convidada a retornar ao CAT para um contrato até dezembro”.
“Os trabalhadores temporários criam uma situação favorável para o turismo. Para os profissionais é uma oportunidade de transformar o provisório em permanente; para o setor é um momento de crescer e alçar novas metas, de se tornar mais competitivo”, afirma o ministro do Turismo, Vinicius Lages.
A expectativa é que a capital mineira atraia 322.340 brasileiros e 62.388 estrangeiros durante a Copa do Mundo. Os visitantes de Belo Horizonte devem desembolsar R$ 695 milhões em todo o país, de acordo com estimativa do Ministério do Turismo.
Se considerados todos os turistas em trânsito pelo Brasil (600 mil estrangeiros e 3,1 milhões de brasileiros) serão 3,7 milhões de visitantes. Esse contingente deve deixar na economia do turismo um total de R$ 6,7 bilhões ao longo dos jogos.
O Brasil assinou há poucos dias dois compromissos com as confederações de empregadores e as centrais sindicais pela melhoria das condições de trabalho durante a Copa. São eles: o “Compromisso Nacional pelo Emprego e Trabalho Decente na Copa” e o “Compromisso para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Copa do Mundo da FIFA 2014”, específico para o setor de Turismo e Hospitalidade.
Entre os objetivos do pacto estão a garantia dos direitos fundamentais do trabalhador estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e as normas coletivas, baseadas em acordos e convenções, além da promoção da segurança e saúde no trabalho, oferta de cursos de capacitação e iniciativas de inclusão voltadas, especialmente, para jovens, mulheres, negros, migrantes e pessoas com deficiência. O combate ao trabalho forçado e infantil, ao tráfico de pessoas, bem como à exploração sexual de crianças e adolescentes também fazem parte do compromisso.
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