Capitão da Alemanha em 2014 comenta a histórica goleada sobre o Brasil
Poucas partidas na história do futebol marcaram tanto uma nação quanto a semifinal da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O dia 8 de julho daquele ano ficou registrado como um dos momentos mais dolorosos para os torcedores brasileiros: a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, no Estádio do Mineirão. Para os alemães, foi a consagração de uma geração brilhante que, dias depois, se tornaria campeã mundial. Para o Brasil, uma cicatriz aberta que permanece viva na memória coletiva.
Recentemente, Philipp Lahm — lenda do Bayern de Munique e capitão da seleção alemã naquela Copa — foi questionado novamente sobre o episódio. Com a postura que sempre o destacou dentro e fora de campo, Lahm demonstrou empatia pela dor brasileira e tratou o assunto com respeito e bom humor.
“Nós também ficamos surpresos”
Lahm nunca foi do tipo provocador. Líder calmo, técnico e inteligente, o ex-lateral contou que nem mesmo os jogadores da Alemanha acreditavam no que estava acontecendo durante a partida:
> “Nós também ficamos surpresos. Quando o terceiro, quarto gol saiu tão rápido, olhávamos uns para os outros como quem diz: ‘Isso é mesmo real?’”, relembrou.
Para ele, apesar da festa que tomou conta da torcida alemã, havia também um sentimento de respeito pelo adversário e pela história do futebol brasileiro.
> “Sabíamos o peso que o Brasil tem no futebol mundial. Nunca houve intenção de humilhar. O futebol às vezes é inexplicável”, afirmou.
Essa postura sensata sempre foi uma marca registrada de Lahm durante a carreira. Em vez de exaltar a goleada, ele escolhe reconhecer o valor da seleção brasileira.
Uma noite inesquecível, por motivos diferentes
A goleada chocou o planeta. A imprensa mundial estampou manchetes classificando o jogo como “irreversível”, “histórico” e “impensável”. Para Lahm, entretanto, a memória daquele dia vai além dos números do placar:
> “Foi uma noite que ninguém vai esquecer. Para nós, significou a certeza de que poderíamos ser campeões. Mas entendemos o quanto doeu em milhões de pessoas do outro lado.”
O ex-jogador conta que, após o apito final, a equipe alemã adotou um comportamento discreto, evitando comemorações exageradas em campo. O respeito ao anfitrião era prioridade.
O legado de um capitão
Lahm encerrou sua carreira sem jamais receber um cartão vermelho — um feito raro para quem atuou por 15 anos no mais alto nível. Pela Alemanha, levantou a taça que o país esperava desde 1990. No Bayern, conquistou tudo o que era possível. Porém, seu maior legado pode ter sido a liderança serena e a postura exemplar.
Mesmo ao comentar uma vitória tão emblemática, o ex-capitão sabe reconhecer que, por trás do espetáculo, existem emoções humanas:
> “Futebol é paixão. E paixão machuca quando as coisas não saem como queremos.”
Uma história que continua sendo contada
O 7 a 1 segue sendo tema recorrente para debates, estudos táticos e lembranças dolorosas do torcedor brasileiro. Já para Lahm, é parte de uma caminhada que levou a Alemanha ao seu quarto título mundial — e que o imortalizou na história do esporte. Ele leva o assunto com leveza, mas nunca com deboche.
Sua resposta equilibrada mostra que, mesmo após tantos anos, o respeito ainda é o maior vencedor daquele dia.
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